sexta-feira, março 31, 2006



dor de estômago, work work work.
pelo menos tem o q fazer esse fds.

gimme mantras.

RADIOHEAD DIZ 'SIM' AO TIM FESTIVALAcenda sua vela indie. Chega de Londres e cai no colo desta coluna a informação de que a adorada banda inglesa Radiohead vai fechar nos próximos dias sua participação no Tim Festival 2006, o principal evento brasileiro de música pop, que ocorrerá em São Paulo entre outubro e novembro, data que pode ser marcada atendendo as necessidades de agenda do grupo de Thom Yorke. Três festivais brasileiros estavam atrás do Radiohead, mas pessoa ligada à banda confirmou que as negociações só caminham em direção ao "festival da Monique Gardenberg", apurou esta coluna. O "negociador" inglês não sabia ao certo o nome do evento que carrega o nome de uma empresa de celular. Gardenberg é a produtora do festival carioca que anualmente reveza sua sede com São Paulo.Agora realmente parece mesmo que vai. O maior desejo do Tim Festival há anos, o Radiohead nunca sequer aceitou ir além de uma simples consulta da disponibilidade da banda em excursionar por estes lados. Segundo o interlocutor da banda, os músicos já deram seu aval a uma pequena turnê latino-americana, que deve atingir ainda Argentina e México.* Depois de anunciar uma curta série de shows em teatros em maio (todos com ingressos esgotados em minutos) e alguns festivais do verão europeu em agosto, o Radiohead vai aos poucos montando e anunciando sua grande nova turnê mundial. Nos últimos dias, apresentações no Canadá em junho e shows na França agosto foram confirmadas. O Brasil está nesta fila. O Tim Festival tem sua senha.* Há meses o grupo está trancado em seu estúdio na Inglaterra gravando seu sempre muito aguardado novo álbum, desta vez o sétimo, e ainda não batizado e sem data de lançamento. Thom Yorke e amigos vêm mantendo os fãs informados postando notícias no site oficial da banda, www.radiohead.com, na seção Dead Air Space. Não está descartada a idéia de o Radiohead lançar as músicas novas apenas na internet.* Aos poucos a banda vai saindo da toca e espalhando sua presença no mundo pop. Thom Yorke e o guitarrista Jonny Greenwood vão tocar em show beneficente no dia 1º de maio em um clube de Londres e os ingressos no eBay já atingem preços de 400 libras cada (cerca de R$ 1500). Yorke tem brigado publicamente com o primeiro-ministro inglês Tony Blair por questões econômicas. Nos EUA, o disco "OK Computer" (1997), a obra-prima pop do Radiohead, está ganhando pomposo tributo reggae em disco, num projeto chamado Radiodread. De volta à Inglaterra, a canção "Just", do longíquo álbum "The Bends", voltou há meses às paradas em deliciosa cover jazzy de Mark Ronson (www.myspace.com/markronson). O vídeo da música recém-estreou na Europa e nele mostra grafites dominando Londres. E Thom Yorke vai pôr músicas do Radiohead e de seu vindouro disco solo na trilha do já cultuado "A Scanner Darkly", adaptação da ficção científica de Philip K. Dick, que estréia em julho nos EUA e traz Kaeanu Reeves e Winona Ryder (nua) em versão animada.* Chega aí, Radiohead!
PATTI SMITH VEM NA CARONAEsta vem da Argentina. A veterana roqueira americana, 59, está sendo dada como certa no Bue Festival, de Buenos Aires, festival-parceiro do Tim Festival. A notícia foi dada em uma rádio FM de propriedade de Daniel Grinbank, o maior empresário de shows da América Latina. Foi dada pelo próprio Grinbank, que afirmou que a cantora e poetisa que lançou o álbum "Horses" em 1975, em meio ao furor punk, vem a Argentina e Brasil. * O hippie-rock do Devendra Banhart está dentro. O pop-ópera do Antony and the Johnsons está engatilhado.

lying on a diary.

fuck u teacher.

i am a writer not a educator.



10 de outubro de 2005
Primeira-série

Os alunos já sabiam meu nome quando entrei em sala de aula atrasado. Sentiram minha falta.disse a professora. Alunos estavam sentados em círculo.

Conteúdo: Aula sobre redação desenvolvida na aula de português.

Metodologia: Aula expositiva, professora tentou passar a necessidade de interação entre imagem e mensagem do texto escrito. Professora diz da necessidade de cuidado com o material de expressão.

Materiais para produção plástica: papel sulfite e caneta hidrocor.

Algumas crianças rasgaram a folha por usar o hidrocor de maneira descuidada. A professora disse que queria chamar atenção às preocupações plásticas do próprio desenho, que algumas crianças acabam perdendo nessa fase.




17 de outubro de 2005
Primeira-série

Aula em duplas alunos sentados em fileiras com duas carteiras juntas. A professora havia pedido materiais, e os alunos estavam excitados com as possibilidades.

Conteúdo: O uso do material alternativo em desenho. Desenho com outros materiais. Processo de colagem para obtenção de imagem.

Metodologia: Aula expositiva, professora mostrava desenhos de alunos com macarrão, barbante, restos de lápis de cor, etc. Pedia atenção quando usassem a tesoura.


Materiais para produção plástica: tesoura, cola, macarrão, barbante, grãos (arroz, feijão, lentilha, soja, etc)

Os alunos se divertem quando vêem e entendem parte do universo real como manifestação de seu universo. Muito interessante os trabalhos obtidos, as crianças reagiram de boa forma à colagem, embora algumas sempre excedam no uso da cola.




19 de outubro de 2005

Segunda-série

Aula um pouco conturbada por eventos (reformas) que ocorriam na escola, a professora decidiu que os alunos trabalhassem um tema mais leve devido ao barulho e à falta de atenção que evidenciava no grupo. Tentou acalmar o todo.

Conteúdo: Desenho Livre. Exploração do espaço do suporte e da manifestação de divergentes materiais de expressão.

Metodologia: Aula expositiva

Materiais para produção plástica: lápis, lápis de cor, giz de cera e hidrocor.

Embora o tema seja simples, as crianças sempre conseguem muito mais do que aparenta no início. Nessa fase da segunda série observa-se alto grau de criatividade e expressão nas garatujas e esquemas que passam a assumir determinados caracteres particulares.



24 de outubro de 2005

Primeira-série

Aula sobre cor. A professora resolveu ensinar o esquema de cores primárias devido a um aluno ter perguntado a ela sobre isso dias antes.

Conteúdo: Cores primárias. Conteúdo inicial sobre cor.

Metodologia: Aula expositiva com recurso visual de pranchas feitas pela educadora.

Materiais para produção plástica: giz de cera vermelho, azul e amarelo.

A professora pediu que os alunos desenhassem apenas com o uso das três cores, restringindo o conceito de cores secundárias para uma posterior orientação. Entender o tempo do aluno no desenho, alguns fazem muito rápido por não quererem estar ali, necessário calma para o desenho. Arte como reflexo do processo de concentração.

quarta-feira, março 29, 2006

março.masters. of. reality.

Por que o goiano tem fama de bobo ....e com todo merecimento, diga-se de passagem...

* destaque para os sempre engraçados textos do jornalismo goiano...



Goiano morto vira herói na Bélgica

Estudante não resiste à baixa temperatura e se afoga em canal ao salvar mulher que tentava suicídio. Imprensa belga exalta atitude.



“Uma morte, um milagre”, citou o jornal La Dernière Heure (DH). “Um héroi”, concluiu o Le Soir. Os dois dos principais periódicos da Bélgica destacam o gesto heróico do estudante Marcus Vinícius Berté, 23, que morreu afogado ao salvar a belga Fabiana Righi, 49, em um canal no Centro de Bruxelas. O catarinense, mas goiano de criação, foi notícia na imprensa daquela país durante o final de semana. A rede de televisão RTLF mostrou três dias consecutivos o ato histórico deste brasileiro que não suportou as águas geladas do rio, abaixo de -2ºC.


De acordo com o La Dernière Heure, Marcus Vinícius morreu às 8h30 de sexta-feira (24), antes da chegada dos bombeiros. Enquanto Fabiana, doente mental que fugiu de uma clínica psiquiátrica e queria perder a vida, foi resgatada e sobreviveu. O jornal completa que o brasileiro não hesitou e saltou na água para ajudar a mulher que tentava o suicídio. O estudante passava por acaso naquele local.


Uma das testemunhas disse ao DH que só um milagre salvaria Fabiana, por isso não acreditava que o jovem atingiria o objetivo, já que tinha um biotipo inferior em relação ao da mulher, que pesa 115 quilos e tem 1,74 de altura. “O seu gesto heróico foi-lhe fatal. Vi o rapaz morrer sem poder ajudá-lo”, diz François Van der Teelen, que também tentou resgatar Fabiana. Segundo disse ele ao DH, o frio paralisou suas pernas, mas com a ajuda de dois amigos que lançaram a bóia, ele salvou-se. “A sensação é indescritível.”


seria trágico se nao fosse tão cômico...

h e r d e i r a s d e m a r c ã o d é s i o .




interditaram o bloco G pq tá infestado de pulgas!
pior que é sério isso

;

this is for bob:








another marcelino's picture.

terça-feira, março 28, 2006

To de volta!



De volta ao lar...
Saudações cordiais a todos!

e s i o n o i s e .



SETLIST
1 desprezo
2 prelúdio
3 tsunamis
4 vil
5 1+2
6 especial
7 midas

8 cláudia
9 +/-
10 puzzle
11 vocexistir
12 sarcoma
13 goddog
14 queda

tô puto

tô puto, tô muito puto... nada da minha vida tá dando certo... tô ouvindo léo jaime (a vida ñ presta) pra ver se eu melhoro... nem a internet q ficaram de liberar o ponto faz dias lá em casa ñ liberaram... mandei um e-mail pra eles falando q eu tô puto (com essas mesmas palavras)... vinho, vinho, preciso me entorpecer...

segunda-feira, março 27, 2006























um dos fãs do plá.

r e c o r d s r e c o r d s . . .




call me, bob.

no meu sonho espacava era o imbecil do ari... o caraque vai talvezmore comigo e esse ai ó... gente fina ele... a banda dele chama petala mecanica...boa ate... pros padroes indies daqui, pelo menos é barulhenta..

domingo, março 26, 2006

P L A g a r a g e s e s s i o n s .


guitar + vox
pessoas olhando alvaro gritando cordas quebrando;
PLA é isso.

sábado, março 25, 2006

bla

essa noite sonhei que espancava o idiota que morou comigo(e surtou com complexos megalomaniacos) e ele só me agradecia...estranho meu subconsciente....

sexta-feira, março 24, 2006



freak routine

&

aqua teen hunger force;


menos um dia.
b

la.

O menino achou um celular. Esfregou o aparelho no calção removendo as incrustações mais densas. Apareceram alguns nomes e números desbotados e uma pequena rachadura num cantinho. Ficou feliz, acenou com o seu troféu para a mãe. Ela também encontrara alguma coisa de certa importância que guardara no bolso do vestido. Os trastes de menor valor foram jogados no saco surrado. Mais adiante, a menina parecia ter menos sorte. Entre seus achados contabilizava apenas algumas latinhas de alumínio e alguns pedaços de arame retorcido. "Se pelo menos fosse cobre!".
Os caminhões da limpeza urbana chegavam a todo momento carregados de esperança. Em marcha a ré, aproximavam-se do barranco e despejavam a matéria-prima daquela indústria dos catadores. Os operários do lixão reviravam tudo, e em tudo sempre havia algumas coisas que poderiam significar um dia menos magro.
No lixão de Gramacho, na Baixada Fluminense, ao meio-dia, quando a temperatura aproxima-se dos quarenta graus, um mau cheiro nauseante impregna a atmosfera. Urubus e seres humanos disputam a sobrevivência. Nada é exatamente o que parece ser nas telas de tevê. Ao vivo, a realidade é muito mais cruel.
Leonardo, o menino do celular, já viveu doze escaldantes verões. Sua irmã, Verônica, a menina que gostaria de achar cobre em vez de arame, já passou dez sofridas primaveras. Eles têm ainda três irmãos menores. Tuca, sete anos, fica em casa tomando conta dos outros dois. A mãe, Cimara... quer dizer, Mara do Lixão, como todos a conhecem, não teve apenas os cinco rebentos que lhe fazem companhia no barraco misto de madeira e alvenaria. Foram sete. Dois deles morreram antes de passar pelas quatro primeiras estações. Uma mãe, cinco pais e sete partos. Dois dos seus maridos morreram, ambos assassinados: um, por causa de dívida com o tráfico de drogas, o outro, numa briga com um vizinho - doze facadas. Dos outros três, sabe-se apenas do que está na cadeia. Flagrado pela vigilância, roubando comida de um mercadinho do bairro, pegou seis anos. Supostamente, Leonardo é filho do primeiro marido, e Verônica, do segundo.
Naquele dia os três conseguiram transformar a coleta conjunta em pouco mais de cinco reais. Há dias em que obtêm melhores rendimentos, entretanto também ocorrem resultados ainda mais minguados. Estão acostumados àqueles parcos apurados. Sabem até quais os melhores dias no lixão. Baseados no tipo de material despejado, reconhecem a origem da coleta: lixo "de primeira", "de bacana", "coisa fina", "filé", é como definem os bons despejos. Não gostam de perder tempo com "favelão", "lixo do lixo", como designam as descargas oriundas de áreas pobres.
No barraco onde moram, quase tudo foi encontrado no lixo, inclusive a maior parte das roupas que vestem. Calçados, bijuterias, bolsas, talheres, pratos, canecas, quadros, enfeites, jarros, brinquedos, panelas, frigideiras, cinzeiros, bibelôs, tudo veio do lixão. Vez ou outra, dinheiro vivo, quase sempre moedas de pequeno valor. Mas também, não muito raro, acham cédulas, geralmente de um real. Leonardo já ouviu um catador antigo dizer que um companheiro encontrara um pacote com muitos dólares. Aprendeu que se trata de dinheiro estrangeiro, de valor impressionante. Pelo visto, um dinheiro bastante cobiçado. Mesmo assim, Leonardo prefere encontrar uma grande quantia do bom e conhecido real, notas graúdas, umas cem notas de cem - para ele, esse é o referencial de uma verdadeira fortuna. Acredita ser o bastante para comprar uma casa fora da favela. Sonha em tirar sua mãe e irmãos daquele ambiente.
O barraco é um único cômodo de uns trinta metros quadrados. Ali todos se acomodam para comer, conversar e dormir. Nos fundos há um pequeno espaço improvisado para o banho sobre uma tábua escorregadia. Tem um vaso sanitário encardido no qual um tubo de material plástico acoplado serve de escoadouro até a vala que passa no meio da favela.
Todos pareciam satisfeitos após tomarem o sopão de legumes que a mãe preparara. Verônica penteava Babi, a sua boneca de um só braço. Leonardo, sentado a um canto, observava o celular. Tuca e os dois menores pareciam interessados no aparelho, enquanto o menino apertava as suas teclas, encostava-o no ouvido, aguardava, mexia, aplicava-lhe leves pancadas e novamente tentava escutar.
- Tá ouvindo o quê, Leo? - perguntou Tuca, a menininha de fala arrastada.
Leonardo fingiu que falava com alguém:
- Sim, pode mandar.- Mandar o quê, Leo? - quis saber sua irmã. - Das grande, duas das grande - completou ele e logo fingiu que desligou o aparelho. Os dois mais novos apenas observavam. Tuca não acreditou que o irmão houvesse falado com alguém. - Esse celular tá quebrado - disse ela. - Quebrado?! Quebrado, é?! Quebrado, nada! Tá falando sim, tá falando. Pedi duas pizza. Das grande. - Então deixa eu falar. - Eu também quero falar - disse Caco, de quatro anos, com sua fala embolada devido à chupeta que não tirava da boca. - Falar com quem? Vocês não conhecem ninguém! - Eu conheço sim, conheço muita gente - protestou Tuca. - Mas não sabe o número de nenhum telefone - afirmou Leonardo.
A menina ficou pensativa. Verônica entrou na discussão:
- Tuca não sabe, mas eu sei. - De quem? Tu sabe o número do telefone de quem? - quis saber Leonardo. - Do pai do Caco.
Caco ficou eufórico:
- Eu quero falar com meu pai! - Ah! que mentira! O pai do Caco até já morreu - afirmou Leonardo. - Mas, quando ele tava vivo, a mãe telefonava de vez em quando pro trabalho dele, e eu me lembro do número do telefone.
Caco insistia:
- Quero falar com meu pai! - Tá vendo o que você fez?! Agora o moleque tá pensando que o pai tá vivo. - Deixa pra lá, Caquinho - disse Verônica. - Esse celular num presta mesmo. - Meu celular tá na moral. Melhor que tua boneca aleijada.
Dizendo isso, Leonardo foi para a cama que dividia com os dois irmãos menores. As meninas dormiam na outra com a mãe.
Cimara retornou do barraco da vizinha com quem costumava trocar idéias quase todas as noites. Botou os filhos para dormir e também se acomodou na cama com as duas meninas.
Umas frestas no telhado do barraco permitiam a penetração de luz externa, mantendo uma certa claridade, mesmo com a lâmpada apagada.
Cimara, a julgar pelo barulho do seu ronco, dormia um sono profundo quando Tuca sussurrou no ouvido de Verônica:
- Vamo telefoná? - O quê?! Vai dormir, vai! Tá de bobeira, é?! Se a mãe acordar num vai gostar - advertiu Verônica. - Ah! mais eu queria... - Num tem mais nem menos, cala essa boca e vai dormir, vai!
Já passava da meia-noite, todos dormiam... Todos, não, pois Tuca se mantinha acordada. E não era por causa dos tiros de fuzil que de vez em quando espocava na área próxima, porque isso era praticamente rotineiro, e a maioria dos moradores da favela já estava acostumada a eles. Sabe até distingui-los do pipocar dos fogos que anunciam a chegada da polícia.
Tuca não desgrudava os olhos do aparelho celular que Leonardo segurava enquanto dormia. Ela ergueu a cabeça, olhou em volta e certificou-se de que sua mãe e seus irmãos ressonavam. Esgueirando-se, a menina saiu da cama e se aproximou do outro leito. Cuidadosamente apanhou o celular do irmão e levou-o ao ouvido. Certamente não escutou nada. Olhou para o aparelho, mexeu em algumas teclas e novamente tentou ouvir alguma coisa. Afastou-se dali, foi até o banheiro. Sentou-se no vaso encardido. Deu uns tapinhas naquela pequena sucata. Mexeu nas teclas, experimentou a escuta, esperou um instante e falou baixinho:
- Mande duas das grande. Duas das grande - sorriu.
Cimara acordou-se e, ainda sonolenta, passou a mão, como de costume, para verificar se as filhas estavam na cama. Sentiu a falta de uma. Virou-se e não viu a mais nova. Chamou-a:
- Tuca!
A menina no banheiro ouviu o chamado da mãe. Respondeu:
- Tô aqui, mãe. - Que é que você tem? Tá passando mal?
Tuca, rapidamente, apareceu ao lado de Cimara. O celular estava escondido sob o vestido, preso pelo elástico da calcinha.
- Não, mãe, só fui no banheiro. - E por que não me chamou? Tá com dor de barriga? - Não, foi só vontade de fazer xixi. - Então vai dormir.
Pela manhã, um domingo ensolarado, enquanto as crianças ainda dormiam, Cimara já estava na rua garimpando a alimentação da prole. Aos domingos e feriados, revirava a lixeira de um restaurante na Rodovia Rio-Petrópólis, onde costumava encontrar restos de frutas e legumes, além de pedaços de frango assado, geralmente acompanhados de farofa e batata frita, a preferência dos filhos. No entanto aquele não parecia ser um bom fim de semana. Até as duas da tarde, não pintou um latão farto. Cimara voltou para o barraco com alguns poucos pedaços de pão e uma sacola com uma mistura de macarrão e arroz engordurada por um molho de panela. Almoçaram.
Leonardo não se desgrudava do celular. A todo momento, fingia que atendia alguma chamada:
- Alô, sou eu... o Leo... - fazia pausas e poses -, o filho da Cimara... - Nem tocou! Eu sei que tá quebrado - disse Verônica. - Tá tocando baixinho, você não ouviu porque é surda. - Eu também não ouvi não - confirmou Tuca. - Eu vi, eu vi... - falou Caco. - Agora, Leo, deixa eu falar com meu pai, deixa, deixa... - Tá bom, Caquinho, eu vou deixar tu falar com teu pai.
Leonardo apertou algumas teclas e encostou o aparelho no ouvido do irmão menor.
- Pronto, pode falar.
O pequenino ficou radiante, esboçou um sorriso. Com os olhos brilhando, parecia esperar ouvir a voz de alguém. Leonardo insistiu:
- Fala, moleque! - dizendo isso, encostou o celular no próprio ouvido e falou: - O Caco vai falar, seu Renato.
Novamente aproximou o celular do ouvido do irmão. Caco gritou:
- Pai, manda duas das grande, duas bem grande... Bem grande! - Pronto, já falou.
Leonardo recolheu a pequena sucata de telefone.
- Tudo mentira - afirmou Verônica. - Mentira! Tu diz isso porque num tem um desse.
Quando Cimara chegou em casa, já passava das oito da noite. Saíra em busca do jantar. E desta vez tivera melhor sorte. Trazia uma sacola com alguma coisa de forma arredondada. Jogou-a sobre a tosca mesa de tábuas de caixote. As crianças olharam curiosas para a sacola.
- Mãe, eu falei com meu pai, eu falei com meu pai... - gritava Caco eufórico. - Que história é essa, menino?! - perguntou Cimara. - Foi o Leo que enganou ele, mãe - informou Verônica. - Botou ele pra falar no celular quebrado que ele achou no lixão. Só pra enganar o menino. - Que é isso aí, mãe? - perguntou Tuca apontando para a mesa.
Cimara pegou a sacola, abriu-a e mostrou para os filhos.
- Pizza. Encontrei num latão lá no shopping.
Leonardo apressou-se em pegar a sacola da mão da mãe e conferir o seu conteúdo. De olhos arregalados, falou:
- Caraca! duas... das grande! Como eu pedi!
Todos se animaram.
- O celular do Leo num tá quebrado nada! - garantiu Tuca. - Duas pizza grande, como a gente pediu. - Eu que pedi - corrigiu Leonardo. - Eu também pedi - lembrou Caco. - Tá todo mundo de bobeira. Essas pizza foi a mãe que achou - afirmou Verônica.
Cimara cortou a primeira pizza em quatro grandes pedaços. Leonardo, Verônica, Tuca e Caco receberam essa primeira divisão. Mimo, o mais novo, ainda não sabia falar; porém, vendo o banquete dos irmãos, esticou os braços com as mãos estendidas e gemeu exigindo sua parte. Cimara cortou um pedaço da segunda pizza e deu para o filho caçula, que o levou à boca vorazmente. Também pegou um para si.
- Se tivesse guaraná, era melhor - lembrou Tuca. - Eu prefiro coca - disse Verônica. - Eu também - concordou Caco.
Leonardo, com o celular colado ao ouvido, falou:
- Uma coca e um guaraná, dos grande, de dois litro.
Verônica duvidou:
- Se vinhé, eu dou minha cara a tapa!
Cimara repreendeu a filha:
- Que isso, menina?! Isso é lá coisa que se fale?! - Eu só tava querendo dizer que é mentira do Leo, que esse celular tá quebrado.
Leonardo, ainda ao telefone:
- Amanhã nóis vamo dá uma festa, pode mandar uns vinte litro...
Tuca e Caco vibraram.
Sentada na cama, Cimara observava os filhos satisfeitos, comendo pizza e sonhando com refrigerantes. Ela, ainda mastigando, sentiu um certo azedume. Olhou para o seu pedaço e cheirou-o. Pela sua expressão, devia ter sentido um mau cheiro de comida estragada. "Tem nada não. A gente já comeu muita coisa assim, e nunca passou de umas dor de barriga", pensou.
Às dez da manhã daquela segunda-feira, Odete, a vizinha, estranhou: o barraco da amiga estava em silêncio; não se ouvia o costumeiro barulho que Tuca e os irmãos menores faziam enquanto Mara e os dois mais velhos estavam no lixão. Até aí Odete apenas estranhou. Mas, ao meio-dia, não se conteve e bateu nas tábuas do barraco chamando pelas crianças. Silêncio. Em pouco tempo, outras pessoas da vizinhança insistiam, agora chamando por todos, pois Alípio, um velho catador, já havia retornado do lixão e garantia que Mara e seus filhos não tinham ido trabalhar naquele dia.
Quando os vizinhos, depois de forçarem a porta, entraram no barraco, não entenderam bem o que estava acontecendo. Aproximaram-se cautelosamente de Mara e seus filhos, que, estranhamente, pareciam dormir.
Odete foi a primeira a tentar acordar a amiga. Inicialmente chamando-a pelo nome e sacudindo o seu braço. Mesmo assim ela não dava sinais de despertar. Percebendo a gravidade do que estava ocorrendo, os demais amigos se aproximaram das crianças e chamaram por elas. Em vão. Não demorou muito para entenderem que todos ali dormiam um sono profundo, distante, sem retorno.
Angústia, um tremor nas mãos, um balbuciar desconexo, um grito, um gesto de inconformismo, troca de olhares perplexos, muitas perguntas, nenhuma resposta, uma lamentação blasfemante, olhos turvando-se de lágrimas, um choro revelando profundo pesar, e um providencial desmaio para fugir daquele pesadelo real. Todos estavam tomados de assombro diante do cenário. Ninguém conseguia entender o que havia acontecido. Afinal, Mara do Lixão, mesmo na miserável condição de vida que levava, sempre se apegara à esperança de ver seus filhos bem criados. Todos sabiam o quanto ela amava sua prole e do que seria capaz de fazer para defendê-la.
Desmaiada, Odete não percebeu que Jorginho, seu filho caçula, já no quinto ano de peraltice, havia se apoderado do bom pedaço de pizza mista que deixaram sobre a tosca mesa de tábuas de caixote. Correndo pelos becos da favela, o moleque devorava a iguaria italiana, borrifada de raticida.

com atraso...gta san adreas toca depeche mode... to meio viciado..



vou morar sozinho antes que eu fique na rua...



e esse lugar ta mais quente do q nunca...


é o que essa galera q vai tocar ai escuta...

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esse fds furou completamente. minha avó q mora aqui ta muito mal e meus pais tao vindo pra ca. fico pro outro...

ps.:

alguem por favor ja pode ir pesquisando o mercado pra mim, pq aqui a coisa ta feia...


q saudades do jah...

quinta-feira, março 23, 2006

A partir daquele beijo, os acontecimentos se precipitaram como águas que estourassem barragem e comporta. Os dias foram céleres, correram em redemoinho, cálidos, apaixonados, enlouquecidos. Se não houvesse mais nada naqueles dias, haveria aquele núcleo. Aqueles tempos fechavam-se num núcleo, Santiago não soube depois se acontecido ou imaginado, uma imagem à meia-luz onde Cristina, com as coxas descobertas, de calcinha, entreabria as pernas sobre um birô numa sala fechada. Isto houve, aconteceu exatamente assim? Ele não o sabia.
Ele se lembrava vividamente de suas coxas, dos olhos dela em êxtase, dizendo-se, dizendo-lhe, "professor, professor...", num negaceio e numa busca de suas mãos. Os olhos dela, disto ele se lembrava, estavam em névoa, com o branco da esclerótica mais amplo, da íris verde, daquele doce verde à procura de um ponto além do teto, no infinito, quando ele o sabia, aquelas doces e lindas íris procuravam por ele, todo, o todo fauno Santiago. Ele lhe dizia, ou pensava tê-lo dito, enquanto ela delirava: "Eu sou o teu Mestre, o teu Diabo, o teu Guia. Repita". E ela repetia, com erro: "Eu sou o teu Mestre...". Ele corrigia: "Não, não é assim. Repita: Santiago, tu és meu Mestre, meu Diabo, meu Guia. Vamos". E ela: "Santiago, Santiago ....", e não ia adiante.
Então ele sorria, tinha vontade gargalhar, de gritar: "És minha! Faço de ti o que eu quero. Eu sou o teu Senhor. Eu sou o teu Amo. Amo e amo-te, minha serva, minha criada, minha cadelinha!". Mas isto não podia, seria ouvido, por isso apenas sorria, e prosseguiu falando, como se embriagado por álcool, quando ele estava, apenas, perdidamente enlouquecido: "Vamos descer ao inferno, Cristina? Hem? Queres?", e ela assentia, com o queixo, porque falar já não podia, porque naquele mesmo instante, Belzebu passava-lhe fricções ardentes com a palma da mão de Santiago, que ia e vinha sobre a nascente da sua vulva. "Responda, vamos, 'quero descer ao inferno'. Vamos". E ela: "quero, quero ...".
Isto aconteceu exatamente assim? Santiago, de madrugada, se levantava. E com as mãos sobre os cabelos: - Calma, foi exatamente assim! E dizia-se: "Como é que eu poderia ser acusado de atentar contra o pudor, como? Que pudor? Ela me pedia. Como é que eu poderia ser violento? Como, se ela clamava pelo gozo...", e corrigia-se, agora com pudor, com repulsa à palavra "gozo", para ele cheia de lama suja, criminosa: "... pelo prazer, isto, pelo prazer que somente eu lhe concedia?".
- Quero, quero...- ela lhe implorava, e seu corpo subia e descia, resvalando-se na superfície empoeirada da mesa, como uma rã, agora ele o sabia, na hora, não, como uma rã que recebesse descargas de corrente de Galvani. - Quero, quero... - a mão a circulava, tateava-lhe os pequenos lábios da vulva, sentia-lhe a fissura, o ponto móvel, por Deus, ele seria capaz de morrer para ter de novo aquele tato, aquela região que ele abarcava com mãos de estivador que tocasse a pele sensível do couro de um instrumento. Então ele soube, ah disso ele possuía a certeza, porque suas calças se esgarçaram no ato, disso ele possuía a prova, então ele realizou o que foi a vizinhança do maior prazer: ele se ajoelhou. Ele desceu os joelhos para reverenciar a sua ex-princesinha, agora a sua imperiosa deusa, que lhe suplicava o mergulho com ele no céu, e no inferno. No céu e no inferno, no céu e no inferno, ia e vinha, na luz e nas trevas, no prazer e na dor, este era o movimento rítmico das suas mãos enquanto se ajoelhava.
À primeira vista, ele descia para aplicar-lhe a língua no sexo. À primeira vista isto se confirmou, porque ele a beijou no sexo, sentiu o seu cheiro líquido de mar, de peixe, de ostra. À primeira vista porque ele se sentiu descer sob as ondas, no mar que o tragara, pois ele num mergulho desceu boca, nariz, bigode, olhos e todo o rosto, girando com a cabeça sobre a vulva, substituindo dessa maneira as mãos que buscavam os botõezinhos dos seios que despontavam. Aparentemente esta foi a vizinhança do seu maior prazer. Mas não. A vizinhança mais próxima veio a seguir. Ele desceu de joelhos para profaná-la. E isto quer dizer que ele se ajoelhou para adorá-la, para agradecer a Deus por aquele momento raro, cuja graça Ele lhe dera na pessoa de Cristina. Adorá-la para melhor profanação. Profaná-la para num ato religioso blasfemar, matar na Santa a santidade de Santa, foder a Virgem tão-somente porque muito a venerava, cria-lhe. Então ele foi um servo sendo o amo. Então ele foi um crente sendo o violador. Então ele foi um bárbaro sendo o civilizado. Um ser digno de ser sangrado sendo o sangrador. Um porco sendo um homem. Para que se cumprisse a profecia do seu fado, quando ele a via: "Ela será tua, porque já pertences a ela. Em teu coração tu já a mataste". Para que se cumprisse a obediência do seu ser. Então o porco falou:
- Santa Cristina, Virgem de misericórdia, gozo e luxúria. - E descendo o zíper, e buscando o pênis teso, e empunhando-o com as duas mãos: - Estão aqui a minha vela e o meu desespero. Toma. - E fazendo-lhe movimentos frenéticos sobre a pele, - Céu e inferno, céu e inferno, céu e inferno - alcança a glande, mas estranhamente, por mais que tente, o gozo não lhe vem. Porque, era estranho, naquela blasfêmia, dessacralização, naquela libertação havia nela mesma um impedimento. Era como se não fosse gozar, era como se fosse uma angústia, uma explosão de ressentimento. Mas não. Era como se naquele ir às últimas houvesse uma fronteira, uma ponte que ainda não era hora de arrebentar. Como um gozo sujo que ele repugnasse.
Cristina ergueu-se, desnorteada. Então como um criminoso que vê a sua vítima querer fugir, então como um louco cerebral que no momento mesmo do desvario vê a presa querer levantar vôo, porque Cristina, sem o prazer dos volteios sobre as coxas, sobre a vulva, sem o aquecimento dos seus biquinhos rubros, com restos de rastros de urtiga sobre a pele irritada, porque sem esses instrumentos ela voltava a si, então Santiago para restabelecer a anterior condição e ao mesmo tempo não ser interrompido na sua jaculatória, então Santiago arremessou-lhe o braço esquerdo sobre o pescoço, como um membro prolongado do pênis que sonhava melhor uso, e fez com que a cabeça de Cristina batesse de volta, com força, sobre a superfície dura da mesa. Foi um baque surdo. Ela gemeu. Ele jogou a manopla sobre a sua boca. E se pôs de joelhos, montando-a . E com o membro raivoso do sexo foi à sua boca. Ela chorava. Ele a acariciava, quer dizer, pensava em lhe fazer carícia, mas suas mãos apertavam-na nos cabelos, nas têmporas, no pescoço, sôfregas. O monstro do seu amor agora ele era. E com a voz rouca dizia-lhe:
- Tu és Cristina e sobre ti eu desço a minha pomba. Toma-a . Engole-a .
Cristina sufocava e ele não via, ou melhor, os restos de sanidade percebiam, mas ele não podia deter-se. Não para não interromper o sexo, pois aquilo já deixara de ter natureza libidinosa. Mas para não se interromper no instante supremo da adoração. E dizer, cavalgando-a, na sela delicada de sua boca, atado a ela por seu pênis, que forceja abrir mais espaço entre os lábios:
- A tua aproximação me apunhala. Foda-me então neste punhal, minha santa. Vamos, sangra-o . Mata-o . Vamos, vamos. Cavaaálo! - E cavalgava-a, enlouquecido porque o seu gozo não vinha, e para que o seu gozo não viesse.
Sem saber que este era o seu último recurso, como último alento na asfixia, somente por reflexo, já não mais animal, mas por reflexo puramente mecânico, de impossibilidade mesmo de manter a boquinha aberta, Cristina, ou o resto de graça do que fora Cristina, morde o pênis de Santiago. Com força, entre lágrimas e muco. Morde-o talvez para cortá-lo, rompê-lo, e retirar a vedação de sua boca. Santiago quase grita. Geme, roucamente, com dor e ódio geme.
- Ah, cachorra. A cadelinha morde! Cachorra ...
E retirando o membro, vê a marca dos dentes de Cristina na pele fina do pênis, de onde corre um fiozinho de sangue. Ele então enlouquece, definitivamente.
- É assim? Querias matar-me no bem mais precioso, é isso? Como é que um mutilado vai te foder, santa? Hem, santinha?
E bate no rosto da Santa que o traiu. Para fazê-la sofrer, bate-lhe, ele, o servo, o seu adorador rebelado. A doce Cristina, no entanto, perdeu as forças para reagir. É um ser em queda, descida do céu e da cruz. Ela já não peca, como Santiago a queria, nem obra milagres, como os santos o fazem. Obra fezes, como uma simples menina torturada, obra-se merda, como um simples animal machucado. Esta ausência de reação, este cheiro de fezes, líquido-pastosas, mais embrutece Santiago. Pois o animal quando ataca, e não come a sua vítima, quer da presa o movimento. O cachorro quando ataca na jugular, só estripará a vítima se ela se convulsionar de dor, debater-se no chão. Se o sangue correr farto do corpo imóvel, muito se frustrará o cachorro.
O cão-homem Santiago, diante da semi-imobilidade de Cristina, se faz simples cão-cão. Interrompido na jaculatória, não iria por cima ter o agravo de ser cortado no caminho da ejaculação. Agarrou-a pelo pescoço para que ela reagisse. Apertou-a até que os olhos de sua paixão-menina apenas se esbugalhassem. Apertou-a mais, até o ponto em que a boca da menininha santa apenas se abrisse, mecanicamente. Então se transformou o amador na coisa amada. Ele, esganador, se fez o esganado. Que ereção violenta recebeu o Mestre! Não se sabe, não se soube, nem ele próprio soube depois por que fez o que fez naquele corpo depois de sua última convulsão. Terá sido a urgência de aproveitar os restos de vida da sua santa? - Mas ela já estava morta, ele o viu na fuga de cor de suas faces, ele o viu no coração que deixou de bater entre as coxas que a montavam. Ou terá sido o desejo louco, absurdo, de pela vulva fazê-la voltar à vida? Ressuscitá-la, pelo condão sacro de sua pomba mordida, terá sido isso? Teria a cova estreita da virgem vagina o dom intimíssimo de arrancá-la do fundo da asfixia mecânica? Algo como um Eros, um G vital?
Santiago não soube depois. O fato é que, sabendo-a morta, forcejou o seu hímen, gozou toda a sua porra acumulada, refestelou o pau nas suas fezes. Cheirou-as, como um gourmet, e isto mais lhe aumentou o prazer, porque as sentiu muito estranhamente perfumadas. "Fezes de santa", ele se disse. Mas não as comeu. Por quê? Ele esteve próximo de onde tudo era possível. Por que não ultrapassou os últimos impedimentos?
Ele não foi capaz de explicar essa covardia, esse recuo derradeiro antes de acabar redondamente o seu ato. Talvez se não houvesse gozado, dizemo-lo nós, talvez se não o houvesse atingido a depressão que dá o ato que não se completa ... O fato é que Santiago teve medo, disso ele bem se lembrava. O medo não foi do sol da manhã que entrou claro na sala fechada, por frestas, como se de repente. O clarão que lhe iluminou as teias de aranha, as cadeiras quebradas que se amontoavam na sala, o corpo de Cristina sobre o birô, birô e corpo um só corpo, inerte, inútil e descartável. O clarão que lhe deu medo foi um extraordinário silêncio. Um vazio de si e das coisas mortas e quebradas em torno. Não é que ele se arrependesse e caísse em si, dizendo-se, "o que foi que eu fiz? como pude fazer tamanha desgraça?". O gosto do ato, o prazer que lhe dera, ainda resistia nos cantos da língua. O ardor no pênis ainda não arrefecera. Se mil vidas Cristina tivesse, mil vezes ele a profanaria. O silêncio, o medo que lhe deu foi o de saber que logo a campa iria tocar. Aquele corpo seria descoberto. O medo de que ao sair da sala ele voltaria ao mundo dos homens, com as suas leis e códigos repletos da moral que o condenaria. "Estúpida, hipócrita e imoral lei". Ele sentiu o silêncio, o medo da tempestade que se avizinha. Por medo então ele caiu em si. Retirou o lenço, limpou-se no rosto das fezes, e com certa alegria viu que o sangue do pênis já havia coagulado. "Ótimo". Então levantou o zíper. Cuidadoso, entreabriu a sala, encostou a porta e saiu.

Tá chovendo muito aqui... eu queria me encher de cocaína e vinho e me etrancar num quarto ouvindo Valter Franco... e escrever poesias e contos....


imitando o bob com posts duplos na madrugada de um dos dias mais cansativos da minha vida
o luiz diz q voltou a escrever mas n traz nada pra ler
sei la pq reclamei disso
hj to reclamando
pra variar
mas tava bem antes
axo q bateu a depre da bala

momento poser - eu realmente sou um artista plástico?



<-------------- museu___2006

depoimento do aluno: esse quadrado ficou psciodélico....

(qual deles?)



















O grupo abre turnê nos dias 6 e 7 de maio em Copenhague, Dinamarca, e poderá chegar por aqui

SÃO PAULO - Crescem as chances de o Brasil ver pela primeira vez a banda inglesa Radiohead, liderada pelo vocalista Thom Yorke. O grupo abre turnê nos dias 6 e 7 de maio em Copenhague, Dinamarca, no KB Hall. Também está prevista sua participação no V Festival, em Stafford, em agosto, antes de fazer datas em outros lugares do mundo.
O Tim Festival negocia há cinco anos a vinda da banda, e espera confirmá-la esse ano, provavelmente em outubro. O festival V (V de Virgin) realizado a umas três horas de carro de Londres, numa fazenda, é escala certa para o Tim Festival - muitos dos artistas do cast do evento brasileiro saem dessa jornada.
O Radiohead estará lançado na turnê seu novo disco, ainda inédito, e deve testar algumas músicas, segundo revelou o semanário inglês New Musical Express. O álbum mais recente do Radiohead é Hail to the Thief, de 2003.
A banda soltou uma nota sobre sua nova turnê. "Estamos excitados por estar na estrada de novo, especialmente em tocar novas canções para uma platéia. Pela primeira vez, não temos contrato ou data de lançamento para o lançamento, o que é ao mesmo tempo libertador e assustador. Para manter as coisas mais divertidas e espontâneas, vamos tocar novas canções que ainda estão em processo de feitura. Também vamos liberar música para download quando estivermos animados a respeito dela, o que é melhor que esperar 12 meses pelo lançamento de um disco completo. Música não trata só dos bons tempos - é também um documento do seu próprio tempo, e nós queremos estar habilitados a liberar uma canção quando ela soar adequada".

Eis o roteiro confirmado da turnê do Radiohead:
Copenhagen KB Hall (6 e 7 de maio)
Amsterdam Heineken Hall (9 e 10 de maio)
Blackpool Empress Ballroom (12 e 13 de maio)
Wolverhampton Civic (15 e 16 de maio)
London Hammersmith Apollo (18 e 19 de maio)
V Festival (19 e 20 de agosto)
Edinburgh Meadowbank Stadium (22 de agosto)
Dublin Marlay Park (24 de agosto)

quarta-feira, março 22, 2006

muito bom...

segunda-feira, março 20, 2006

sampa

sampa

sampa



depois the dealers o pla vai virar mais stooges
depois da skull candy eu vou ficar mais quebrado
vi o mark ryden la e lembrei de ti carol
q mais?

precisa de mais?
nuno ramos - vai vai
yaksoba na paulsita
my fellas




to baixando...

sexta-feira, março 17, 2006

qtas durocks xico?!?!?!?

estou quase arrumando minha casa com vista pro mar so pra agradar o luiz. ao q tudo indica vou morar no segundo pavimento de um sobrado. em baixo, escritorios. sem patys, com o um cara firmeza e rocknroll, um banheiro completamente rosa e um cofre de 1940.





ps.:
realmente as durocks de udia te amam alvaro...

dança gorda feliz dança...a uberlandense matanu insetos no quintal....baiana...

yeah yeah yeah! tsunamis num litora distante pra me matar...

quinta-feira, março 16, 2006


yeah! people love me like jesuz does


Shely

12/03/2006 07:09A pedido do Roberto, voltei para explicar o meu ultimo tópico. É que existe esse tal de"chico" que eu sei que o Alvaro, que ultimamente, anda querendo atingir a mim e o resto do mundo. Eu não sei qual é a dele,a gente discutiu na quinta feira, na aula da Aninha em pintura 3,ele estava gritando aos 4 ventos, que achava falta de educação quem fosse embora antes de ouvir e ver o trabalho de todas as pessoas.Eu me senti atingida, porque muitas pessoas dependem de carona, para levar os trabalhos, e além disso tudo, como eu várias pessoas além de estudar trabalham, tem casa, marido e muitas tem filhos....

Shely

12/03/2006 07:13...e não é um filhinho de papai, que na vida só tem a função de estudar, que vai falar se eu sou ou não sem educação.Ah!Ele disse também que não ía me ouvir na próxima apresentação, dei graças a Deus, pois assim como eu muitos colegas, acham a presença dele um show de cênicas.Depois eu explico a história do Dead Fish

Norberta

ixi!!! o bicho ta pegando 15/03/2006 14:45Cuidado Luciano que seu topico vai pro espaço heim. Nossa, gente nessa ufu tem gente que precisa crescer mesmo... eles acham que ja sao grandes, se julgamos os tais, mas sao uns coitados. sao mimados nao perderam o egocentrismo de criança ainda. Liga nao!!! já fiquei muito irritada com esses bestinhas dai, mas cheguei a conclusao que nao

sábado, março 11, 2006



estarei ausente alguns dias por mudança de domicilio.

sexta-feira, março 10, 2006

post do smurf...

por motivos técnicos no banco o smurf nao consiguiu postar o post q qria postar hj...

Festa Entortando o Bicho - open bar (cerveja itaipava)

local galo bravo


atraçoes:
velhas virgens



djs israelenses e portugueses


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