sexta-feira, setembro 09, 2005

Diário de um desesperado

Não sei onde estou, não sei o que faço, não sei quem sou!
Por isso me mandam, por isso eu trabalho, mas no fim do mês cadê o honorário?
Talvez tenha sido abduzido, ou talvez seqüestrado e agora estou aqui feito um escravo!
Sem meus pertences, sem conhecidos, apenas o que vejo é uma mareta, um ponteiro e um monte de pedras a quebrar.
Das minhas mãos saem bolhas, da minha testa suor, um suor de sangue, o sangue do meu sofrimento.
Preciso correr, preciso fugir, mas minhas pernas pesam e ao serem forçadas se quebram.
No chão me pisam, minha cabeça martelam.
Agora estou leve, não sinto mais dor.
Uma música agradável, uma brisa fresca, vôo entre montanhas...
Algo acontece...
Tudo escurece...
Um barulho horrível...
Meu despertador, era tudo um sonho,...
Droga esta na hora de ir...
Não vou quebrar pedras, nem serei acorrentado,...
Mas a sensação é a mesma.
Vou para a aula, depois para o trabalho e quando tudo parece terminado,...
Outro trabalho...
Chego em casa finalmente, durmo, ...
Não sei onde estou, não sei o que faço, não sei ...