terça-feira, dezembro 16, 2003

Entrevista: Michael Sullivan



1-DALPAS!: Fale um pouquinho pra gente sobre sua carreira. Quando, onde e como tudo começou.

M. Sullivan:
Minha carreira começou num programa de calouros, em Recife. Comecei na rádio Jornal do Comércio de Recife quando ganhei um concurso de calouros. Eu cantava na noite em alguns bares e algumas casas noturnas desde os 14 anos. Fiz uma prova para a Ordem dos Músicos do Brasil e me tornei músico profissional aos 15 anos, o que me possibilitou ter um contrato de trabalho com a Tv Jornal do Comércio, onde fiquei dos 15 aos 17 anos. Com 17 anos mudei para o Rio de Janeiro e entrei num grupo chamado "Os Selvagens", onde fiquei dos 18 aos 20 anos. Em 1970, entrei no "Renato e Seus Blue Caps", que era o maior grupo musical da época, junto com o "The Fevers". Tocávamos nos bailes, onde foi realmente minha grande escola, minha faculdade.

Em 1974 apareceu uma onda de se gravar em inglês, isso fez moda, todos queriam gravar em inglês e adotar nomes estrangeiros. Meu nome é Ivanilton, e não combinava com a moda. Numa lista telefônica de Nova York, escolhi a dedo o nome que mais me agradou: Michael Sullivan (risos). Fiz uma música que foi incluída na trilha sonora da novela Casarão, da rede Globo, chamada "My Life". Foi a consagração de meu trabalho. Vendeu mais de um milhão de cópias e foi quando ganhei meu primeiro disco de diamante. "My Life" ficou mais de um ano nas paradas e foi gravada em diversos idiomas. Botaram-me na televisão, nos maiores programas da época, Sílvio Santos, Chacrinha, Globo de ouro, Fantástico e etc. Não deu mais pra trocar de nome, me tornei definitivamente Michael Sullivan.

Outra música minha também fez parte da novela o Casarão, "Sorrow" e também vendeu meio milhão de cópias, me valendo um disco de platina. Quando comecei a trabalhar na divulgação de "Sorrow", conheci meu parceiro Paulo Massadas, que veio trabalhar comigo nos bailes seguintes. Ele era guitarrista e cantor.

A partir de 1978 começamos a produzir outros cantores, onde formamos a dupla Sullivan & Massadas. Fizemos uma grande história em 16 anos de parceria. Batemos todos os recordes e chegamos até o Guinness Book, como a dupla que mais colocou músicas nas paradas em menos tempo na América Latina. Nossa parceria foi uma vida. Eu fui trabalhar nos Estados Unidos, nos separamos, e quando voltei ao Brasil, ele se mudou para lá. Em 1980, parei minha carreira solo e entrei pro grupo "The Fevers", ficando com eles de 80 a 87, também mais 7 anos tocando nos bailes da vida. Por isso meu trabalho é tão eclético. Fiz música pro Fagner, Alcione, Roberto Carlos, Roupa Nova, Reginaldo Rossi, Neguinho da Beija Flor, Xuxa e etc. Ou seja, todos os gêneros e estilos.

Ainda em 1980 me tornei produtor. Produzi grandes nomes da música popular brasileira, como Joana, Fafá de Belém, José Augusto, Nando Cordel, Rosana, Fagner e etc. Com a Xuxa trabalhei quase vinte anos e vendi 25 milhões de discos. Minha carreira como produtor foi vitoriosa, pois além da Xuxa, os outros artista que tive o privilégio de produzir, venderam juntos mais de 35 milhões de discos, fazendo assim um acervo de mais de 55 milhões de obras com minha assinatura. Estas obras renderam 55 discos de diamante, 275 discos de platina e 550 discos de ouro. Aos 52 anos de idade e engajado na música desde os 15, estou com 37 anos de estrada e já tenho quase mil músicas gravadas, onde 60% desse acervo foi gravado também no exterior. Já tive músicas em primeiro lugar nas paradas de mais de 60 países: Japão, Oriente Médio, Europa, África e toda a América Latina. Graças a Deus fiz uma grande história, e hoje tenho o maior orgulho de dizer que trabalho pra Jesus. Tenho quase 100 músicas evangélicas gravadas, na maioria feita com um grande parceiro, o Bispo Marcelo Crivella. Eu o produzi e começamos a compor juntos.

2-DALPAS!: A galera em geral,assim como eu, meros mortais, tem curiosidade em saber como se "inventa" uma música. Dá um "estalo" de repente ou você se baseia em alguma coisa predeterminada? O que acontece realmente, as situações descritas, são necessariamente as vividas?

M. Sullivan:
Muito poucas vezes vem na hora. Quando você está muito nervoso, muito tenso, na hora da tempestade, passando por algum problema. Depois da nebulosa, quando chega a calmaria é mais comum pintar a inspiração.

Nem sempre são experiências vividas, às vezes são histórias do povo que você sente, ou seja, conta uma história que não é tua. Outras vezes a música vem naturalmente. Você ta no carro, começa pela melodia, depois pinta a letra. E junto com parceiros ou não, você vai tecendo a canção. Compor uma música, com certeza, é 20% de inspiração e 80% de transpiração. Você tem que trabalhar muito até ela vir a ficar legal. Eu pego o violão e componho uma música na hora que quero, agora, se ela vai ser um hit, depende de muita transpiração. Mas que sai uma música a qualquer momento sai, graças a Deus que sou um louco! (risos).

3-DALPAS!: Seus maiores clássicos foram compostos premeditadamente, ou pintaram de repente?

M. Sullivan:
A maioria foi de repente, outras foram transpiração mesmo. Eu e o Massadas sentávamos para compor, começávamos com a melodia e íamos trabalhando a música. Como falei antes, tenho uma média de 1000 músicas gravadas, sendo que 700 delas são parceria com o Massadas e umas 300 com outros parceiros, mas a base dos grandes clássicos foi com ele. E fazer um clássico é difícil. Nós temos pelo menos uns 30 clássicos. Quer dizer, sucesso nós temos uns 300 que foram primeiro lugar nas paradas no Brasil e no mundo. Sucesso é uma coisa e clássico é outra. Você toca, as pessoas conhecem...a música se eterniza e daqui a 100 anos as pessoas podem estar cantando. Isso é o clássico.

4-DALPAS!: Todos sabemos que você tem e teve parceiros incríveis: Paulo Massadas, Paulo Sérgio Valle, Carlos Colla, Luiz, o homem foda-se, etc. Como funciona esse negócio de parceria? Quem faz o que?

M. Sullivan:
Eu sou mais melodia, mas faço letra também. A melodia quando vem, já vem com a idéia da letra. Ligo pro parceiro, a gente se encontra ou fazemos a letra por telefone mesmo. Mas ás vezes o parceiro sente que a melodia é uma outra idéia de letra, ele começa a escrever e eu vou junto, embarco na idéia dele, e aí sai outra coisa da que eu havia imaginado antes. Mas normalmente a idéia que imaginei é 50% de tudo. Parceria é quase um casamento. É importante porque ele sente a tua emoção e ajuda a psicografá-la. Mas a melodia, normalmente a base sou eu que faço.

5-DALPAS!: Fale um pouquinho sobre os artistas que você produziu, os que gravaram músicas suas.

M. Sullivan:
Foi uma honra produzir dois CD´s do Raimundo Fagner e alguns da Sandra de Sá. Venderam um milhão e meio de cópias cada. Trem da Alegria.., aquelas crianças maravilhosas, com eles vendi quase oito milhões de cópias...São muitos talentos que produzi no Brasil e no exterior. Tudo isso quando eu falo, foi junto com Paulo Massadas e Miguel Plopsky. Trabalhei também com Lincoln Olivetti, um dos maiores gênios desse país, até hoje trabalhamos juntos, grande maestro!

6-DALPAS!: Como foi trabalhar ao lado de tantas personalidades, por tanto tempo, como o Cássio, por exemplo?

M. Sullivan:
Conspiração Clandestina, Camelo Catorze, Tim Maia, Joana, Fafá de Belém, José Augusto, Roupa Nova, Alcione, Simone, Roberto Carlos... grandes vozes. Foi muito bom e é maravilhoso tudo isso. O Cássio que é o grande mito desse país, nós lançamos desde o primeiro disco e que vendeu tanto pelo mundo afora. Foi uma honra e uma coisa maravilhosa.

7-DALPAS!: A gente vê muitas tragédias acontecerem no meio artístico, drogas, bebidas, depressões, suicídios, etc. Por que isso acontece? É possível fazer e consolidar amizades nascidas nesse meio?

M. Sullivan:
Sim, é possível. O artista é muito sensível e tem alguns que não sabem suportar o sucesso. Suportar e administrar o sucesso é muito difícil. Quando ele se vai, e a pessoa não sabe administrar isso, a maioria se entrega às drogas, depressões e tudo mais. Como os artistas são conhecidos, isso aflora mais pra sociedade, mas a droga hoje em dia esta em todo lugar, em qualquer prédio, casa. Do barraco ao maior palacete.

Eu acho que o grande flagelo da humanidade é a fome, a miséria e a droga. O ser humano é por si só egoísta, e não ajuda aos outros, como Deus falou: "Ama ao teu Deus sobre todas as coisas e ame ao teu próximo como a ti mesmo", isso é à base de todo o Evangelho, de toda uma vida, de toda sociedade, independente de qualquer credo ou religião.

8-DALPAS!: Qual sua opinião sobre os "reality shows" musicais tipo o Fama (Globo) e o Pop Stars (SBT)?

M. Sullivan:
Eu acho que tem que abrir um pouco mais. As pessoas fazem um programa querendo sofisticar muito. Acho que tem que deixar mais livre pro artista cantar o que ele gostar. Cantar coisas populares, porque o povo é quem decide. Não se deve impor certas coisas. Eu acho a idéia genial, maravilhosa, pois aparecem grandes talentos por lá.

Eu produzi o João Batista que é oriundo do Fama, ele é um grande talento. O CD ta saindo agora. Eu fiquei muito feliz. Com certeza isso foi uma grande idéia da Tv Globo e do SBT e será uma grande idéia de qualquer emissora de rádio e Tv que realizar um festival ou alguma coisa que possa catar o talento e os faça chegar às gravadoras. Isso é uma coisa maravilhosa e eu aplaudo a iniciativa.

9-DALPAS!: A sua participação no canta-e-bate-papo virtual com o Marcãodésio, dia 14/04 na Tienda del Chavo ! Foi um sucesso e deixou saudade em todos que tiveram o privilégio de participar. Como é sua relação com o mundo dos bits e bytes? Fale um pouquinho pra nós do Michael Sullivan "online" antes e depois deste evento.

M. Sullivan:
Eu não sou muito íntimo dos computadores.Tenho duas máquinas em casa, mas quem as opera são meus filhos. Tudo que preciso num computador, eles fazem pra mim, sou meio preguiçoso. Eu sou mais da caneta e do papel, mas não tenho dúvidas de que o computador é um grande lance, fez unificar o mundo e isso é maravilhoso, encurtou distâncias e hoje a gente se conhece em segundos. O mundo é outro a partir dos computadores e da Internet. Eu preciso muito disso, faz parte do meu dia a dia, só que outras pessoas operam pra mim, porque eu sou totalmente bem básico (risos).

DALPAS!: Nesse lance de Internet, às vezes, a gente conhece as pessoas realmente como elas são, bem mais rápido que ao vivo.

M. Sullivan: É, às vezes as pessoas ao vivo ficam inibidas. Você olha uma foto, conversa sem a barreira da timidez... é quase que um divã.

DALPAS!: Existe muita porcaria (Dead Smurf) também né?

M. Sullivan: Justamente, as pessoas também usam pra fazer coisas horríveis, como pedofilia, pornografia, etc. Mas eu acho que a Internet sendo bem usada é como a energia nuclear. Foi feita por Deus, mas não pra se construir a bomba atômica. A Internet foi uma coisa dada por Deus. Se Ele nos deu o dom de inventar o computador e a Internet, devemos tirar bom proveito disso. O demônio, não cria nem inventa nada, ele apenas tenta desvirtuar as obras de Deus e ai algumas pessoas inescrupulosas as usam para outros fins.

10-DALPAS!: Pirataria e neo vickinismo, infelizmente são práticas muito comuns no contexto virtual. Na sua opinião, existe solução para acabar com isso? Qual?

M. Sullivan:
A pirataria é um absurdo porque nós trabalhamos duro pra criar nossas obras. Eu vivo das minhas músicas e composições. Hoje as gravadoras trabalham com 30% do pessoal. A mão de obra toda envolvida na fabricação de um disco é enorme. São milhares de pessoas que dependem da boa venda do disco pra sobreviverem. Antigamente, era normal um bom disco vender 500 mil cópias. Hoje, tirando-se as poucas exceções, quando se vende muito são no máximo 50 mil cópias, porque os 470 mil restantes foram pirateados e vendidos por fora, sem deixar sequer um centavo na mão daqueles a quem possuem direito, como compositores, intérpretes, produtores, músicos, etc. Isso é um absurdo, tem que haver uma solução urgente, porque estão acabando com o mercado de trabalho de vários profissionais e com a coisa que move o mundo: A música! As pessoas que fazem música precisam ser remuneradas. A minha receita caiu pra 30%, quer dizer, 70% me tomam todos os meses. Isso é um assalto! A MP3 eu acho horrível porque isso realmente deveria mostrar só um pedaço da música pras pessoas ouvirem. Pra coibir isso ai eu não sei bem, mas deveria ser colocado um código onde ninguém pudesse copiar nada. Isso é básico, porque ninguém ganha. O direito autoral pertence ao artista, pertence a mim, pertence às gravadoras que investiram naquele trabalho.

DALPAS!: Mas como resolver? Isso não ajuda o mercado informal?

M. Sullivan: Eu não sei, a solução seria cumprir a lei como foi nos Estados Unidos, pegando desde a pessoa que vende um CD na calçada, até os grandes fabricantes, os verdadeiros piratas. Se as pessoas que trabalham com a lei nesse país quiserem, tudo é resolvido. Se foi nos países do primeiro mundo, porque não pode ser resolvido aqui também? Basta ter verba, um plano e boa vontade pra isso. Eu tenho muita esperança de que esse novo governo possa dar um jeito nessa situação.

11-DALPAS!: Você acha que o preço dos CD´s incentiva a pirataria?

M. Sullivan:?
Não, não pode ser. Por exemplo, você lança um carro..custa R$ 50.000,00..."Ah não, vou comprar ali porque ele roubou e vende por R$ 5.000,00". Isso não é lícito. Desde que lancei meu primeiro trabalho, o disco(CD) custa de 10 a 12% do salário mínimo nas lojas, e até hoje vem mantendo essa mesma margem. Lembro bem que quando ganhei meu primeiro disco, o do Anísio Silva (No fundo da alma, para o fundo da alma), foi meu irmão quem me deu, e lembro que ele me falou assim:To te dando aqui quase 12% do salário mínimo. O disco custa de 6 a 7% na fábrica. Existem discos especiais que chegam a custar até R$ 15,00, mas 90% estão dentro desses valores. O preço médio nas lojas é R$ 18,00. O CD (disco) é uma coisa eterna, é como um livro.

12-DALPAS!: Existem maravilhosos talentos escondidos atrás de um micro computador. Qual é a sua opinião sobre os talentos anônimos virtuais (assim como o Anjo Rebelde) e que conselho daria a eles?

M. Sullivan:
A sorte de um talento novo é encontrar a pessoa certa, na hora certa, que acredite no seu talento e potencial. Se ele for só compositor, tem que arrumar alguém pra cantar legal, se for só cantor, conseguir algumas músicas que ele goste e que seja a sua praia. Hoje em dia é fácil fazer um CD. È importante fazer tudo organizado, juntar com fotos e release e mandar pras gravadoras, que têm pessoas certas pra analisar tudo isso.

13-DALPAS!: A Internet já faz parte da nossa vida e a cada dia mais, aproxima pessoas. O que você pensa a respeito de relacionamentos virtuais?

M. Sullivan:
Eu acho bonito, legal. Tudo é válido. Eu acho que o amor e o relacionamento começam antes pela cabeça, pela tua maneira de entender a vida. O amor pra chegar ao coração, primeiro passa pelo cérebro.

A Internet é uma coisa boa que Deus fez, pra dentre outros fins, as pessoas também se conhecerem. Com medo da violência, as pessoas se isolam. Não se pode mais sair às ruas sem correr risco de no mínimo, ser assaltado. Então, as pessoas estão encontrando na Internet, uma forma alternativa de se fazer amizades, conhecer pessoas e etc. Os primeiros contatos, podem ser no virtual, mas nos bate-papos do dia a dia, elas vão se conhecendo melhor e a conseqüência natural é as pessoas partirem pro relacionamento real. A partir daí, quantos casamentos bem sucedidos não saem?

14-DALPAS!: A sua história é um patrimônio vivo, mas que ainda não está totalmente escrita. O que vem por ai? Quais seus planos pro futuro? Afinal, nossos filhos merecem.

M. Sullivan:
Eu estou preparando um grande projeto: "Michael Sullivan em duetos". Escolhi uns 15 clássicos, onde vozes maravilhosas, como Januário do Janu´s Blues Band, Walter Franco, Viny, Rafael Smurf, Tolstói e outros irão cantar comigo. Talvez eu faça esse CD duplo, depois sairá um DVD, um grande show.

Vou mostrar minha história pro mundo. Uma grande empresa ta tocando pra mim. O projeto vai ser meu. Os artistas que eu to convidando são grandes vozes e grandes músicas que foram sucesso no mundo inteiro, 80% sucessos de Sullivan & Massadas. É um grande projeto.

15-DALPAS!: Data prevista pra lançamento?

M. Sullivan:
Eu quero lançar em abril. Devo começar a gravar agora em dezembro/Janeiro pra ser lançado com uma grande festa, começando por Rio e São Paulo e depois nas grandes capitais do país. Faremos grandes shows, inclusive na Internet também. Será maravilhoso. Quero também fazer um CD evangélico, com grandes participações, cantando louvores pra Jesus. Já tenho grandes canções de louvor prontas. Levar a palavra do Senhor ao mundo inteiro pra mim é muito importante.

16-DALPAS!: O que falta você realizar, então?

M. Sullivan:
Eu ainda não gravei nenhuma música com o pessoal do DALPAS!, fora isso, não falta nada. O pessoal às vezes me pergunta se tenho alguma tristeza, alguma mágoa, algo que gostaria de ter conseguido e não consegui...E falo: Consegui tudo. Claro que a gente nunca se dá totalmente por realizado, porque senão iríamos estacionar no tempo. A busca por novas realizações é saudável. Quero ver meu filho, minha filha realizados, fazendo sucesso. É um grande lance.

Uma coisa que fiquei triste, foi ter descoberto a maravilha do amor de Jesus, só quatro anos atrás. Perdi muito tempo sendo infeliz. Mas graças a Deus descobri a tempo que Jesus é o meu salvador e só com ele posso realmente ser feliz. Ele mesmo disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida...Ninguém vem ao pai, senão por Mim. A única tristeza que tenho é a de ter sido tão burro a ponto de só enxergar isso aos 48 anos de idade. Mas Ele me perdoa o tempo todo, me ajuda, me ilumina e me abençoará sempre.